sábado, 26 de março de 2011

OS REPENTES DO MEU BRASIL...

http://www.ceara.com/repentistas.htm visitado em 24/3/2011).www.facom.ufba.br/pexsites/musicanordestina/gloss.htm visitado em 24/3/2011).
O Brasil, país continental, é dotado de uma gigantesca mescla de culturas regionais, que forma o todo nacional! Isso fica muito evidente nos repentes dos versejadores, trovadores, repentistas e pajadores de norte a sul deste país.
            O repente, conhecido também como uma espécie de desafio, é uma tradição incorporada na cultura brasileira (principalmente no nordeste), cuja origem remonta aos trovadores medievais. Este gênero musical É composto por uma mescla entre a poesia e a música e é cantado por uma dupla que improvisa (o "repente"), sobre os mais variados temas, ao som de uma música extremamente simples -quase monótona- tocada em violões ou violas que, invariavelmente, denotam um uso excessivo.
Enquanto um toca o vilão ou a viola, o outro improvisa. Ao final de um verso de geralmente seis a dez linhas, o outro começa a improvisar e quem estava cantando passa a tocar. Os turistas viram "doutor" e "doutora", e são objeto de comentários produzidos pela prodigiosa imaginação dos repentistas; os melhores garantem uns dez minutos de gargalhadas, tanta sua criatividade." (
O repente é constituído de inúmeros modelos de métrica e rima, e seu canto geralmente acompanhado de instrumentos musicais. Quando o instrumento utilizado é o pandeiro, o repente é chamado de coco de embolada. Já acompanhado do violão, denomina-se cantoria.
É uma música oriunda da Península Ibérica, aonde chegou por influência dos mouros. No Brasil, o repente desembarcou, há mais de 200 anos, trazido pelos portugueses. (
O repente depende muito da criatividade do artista. Afirma-se também que a "mais pura manifestação cultural do nordestino vem do coração. São as poesias, as rimas, os repentes. É uma inspiração quase divina. Um reflexo da vida, dos costumes e dos hábitos de um povo simples, mas extremamente criativo." (
http://www.nordesterural.com.br/ visitado em 24/03/2011).www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/repente.htm vemos que "sua origem remota a formação do povo brasileiro, pois é de origem árabe, e foi introduzido no Brasil a partir dos Portugueses. O Desafio Português que se fixou no Brasil seguiu o processo Clássico do acompanhamento musical. No Sul do Brasil o desafio adota características diferentes do Nordeste, passando a ter na musica caráter menor de desafio entre os tocadores/cantores, e passando a ser mais descritiva, a musica é cantada ao mesmo tempo que é tocado o instrumento, sempre juntos. No Nordeste, por exemplo, particularmente o canto é independente do acompanhamento musical. Os instrumentos tocam exclusivamente quando ninguém esta cantando".www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/repente.htm visitado em 24/3/2011).www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/repente.htm
             A partir da leitura do site
O mesmo site informa ainda que "no Sul e Nordeste a Música sofre mudanças quando a sua função no repente, pois no Sul ela é cantada e acompanhada pelos instrumentos, e no Nordeste os cantadores só cantam sem acompanhamento musical, servindo para dar espaço entre a pergunta e a resposta do outro cantador (elemento fundamental do repente no Nordeste). As letras das musicas são sempre cantadas após os músicos fazerem suas apresentações individuais, as musicas podem ser sobre: adivinhações, enigmas, curiosidades (das mais variadas), histórias sagradas, insultos, histórias de cidades, e diversos outros assuntos. Os Instrumentos Musicais são fundamentais no Repente, devido às regiões eles são mais utilizados, em alguns locais são utilizados violas (10 ou 12 cordas), sanfona e pandeiro, sempre ao par". (
No Rio Grande do Sul ocorre a trova (uma construção poética proferida em sextilha), onde os trovadores escolhem um tema aleatório, ou pré-determinado, acompanhada pelo som da gaita (ou acordeon), e a "pajada". Esta última é uma poesia oral, feita também de improviso, em Décima Espinela, acompanhada do dedilhar do violão e declamada pelo pajador.
O gênero musical chamado Samba de partido-alto, "partido-alto ou simplesmente partido, é um sub-gênero do samba, surgido na década de 1930 nos terreiros (atuais quadras) das primeiras escolas de samba do Rio de Janeiro. Apesar de ser um dos estilos de samba mais tradicionais, não existe um consenso entre praticantes e estudiosos, menos ou mais eruditos, para definir o que seria essa derivação do samba, muito também pelas mudanças pelo qual ele passou de sua origem, em meados do século XIX, até os dias atuais. Em linhas gerais, o partido-alto do passado seria uma espécie de samba instrumental e ocasionalmente vocal (feito para dançar e cantar), constante de uma parte solada, chamada "chula" (que dava a ele também o nome de samba raiado ou chula-raiada), e de um refrão (que o diferenciava do samba corrido). Já o partido-alto moderno seria uma espécie de samba cantado em forma de desafio por dois ou mais contendores e que se compõe de uma parte de coral (refrão ou "primeira") e uma parte solada com versos improvisados ou do repertório tradicional, os quais podem ou não se referir ao assunto do refrão".
 
 
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS:
Todos os sites visitados em 24/3/2011.




 

Marco Barcelos.
http://www.ceara.com/repentistas.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido-alto
www.facom.ufba.br/pexsites/musicanordestina/gloss.htm
http://www.nordesterural.com.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/repente

domingo, 20 de março de 2011

Iemanjá! As várias faces da Rainha do Mar


Sua imagem é originalmente composta por uma mulher de cor negra, imponente, com os seios a mostra, como que ofertando-os a todos os filhos, amparando-os, e deixando evidente a mãe bondosa que é! Naturalmente que sua representação teve de sofrer alterações para que os cidadãos negros pudessem continuar a cultuá-la. Sua imagem, hoje conhecida com um longo vestido de um tom suave de azul, cobrindo-lhe corpo inteiro, sua cor branca, seus traços angelicais, seus longos cabelos escuros, são adaptações que, "branqueando" esta deusa, significam a resistência dos povos afro-brasileiros, bem como sua genialidade em permanecer prestando homenagens à sua deusa-mãe, sem serem importunados e perseguidos pelos homens brancos, e suas religiões de matriz européia.
O site http://produto.mercadolivre.com.br traz a seguinte informação:



Imagem recolhida junto ao site:

  Iemanja é muito popular no Brasil!Existe um sincretismo entre a santa católica Nossa Senhora dos Navegantes. Seu axá é assentado sobre pedras marinhas e conchas, sendo também considerada a protetora dos pescadores. Na Africa, ela é representada como uma matrona, de seios volumosos, símbolo de maternidade fecunda.
As duas imagens a seguir nos mostram Iemanjá com uma coroa sobre a cabeça e um trançado de pérolas cobrindo-lhe o rosto. Isto ocorre, pois como ela é uma rainha, sua face precisa ser preservada e mostrada somente em determinados momentos ritualísticos, onde assim os acontecimentos o exigissem















O site http://cccj.webnode.com/products/yemanja esclarece as muitas personalidades deste orixá, informando que:
São 16 as qualidades, e por possuírem características tão próprias, há quem chegue a considerar que se trata de orixás individuais (independentes) das outras qualidades. Aqui, no entanto, e por não haver concenso quanto a esta questão, e muito estudo e pesquisa ser ainda necessário, vamos encarar como qualidades de um único orixá, tal como fazemos com todos os outros. 

- Yemanjá Asdgba ou Soba: É a mais velha, manca de uma perna devido a uma luta com Exu, rabugenta, e feiticeira, fala de costas, gosta de fiar seu cristal. Comanda as caçadas mais profundas do oceano, tem afinidade com Nanã. Veste branco.
- Yemanjá Akurá: Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas. Muito rica e pouco vaidosa. Adora carneiro. Come com Nanã.
- Yemanjá Ataramaba: Nessa forma ela está no colo de seu pai Olokun.
- Yemanjá Ataramogba ou Iyáku: Vive na espuma da ressaca da maré.
- Yemanjá Ayio: Muito velha. Veste sete anáguas para se proteger. Vive no mar e descansa nas lagoas. Come com Oxum e Nanã.
- Yemanjá Iya Masemale ou Iamasse: É a mãe de Xangô e quem cuidou de Oxumarê. Esposa de Oranian e muito festejada durante as festas consagradas a seu filho Xangô. As suas contas são branco leitosas, rajadas de vermelho e azul.
- Yemanjá Iyemoyo, Awoyó; Yemuo; Yá Ori ou Iemowo: É uma das mais velhas, possui ligação com Oxalá, o seu fundamento está no ori, representa a vida, pode curar doenças da cabeça. Veste branco e cristal.
- Yemanjá Konla: O seu mito conta que ela afoga os pescadores.
- Yemanjá Maleleo ou Maiyelewo: Esta Yemanjá vive no meio do oceano no lugar onde se encontram as sete correntes oceânicas.
- Yemanjá Odo: Tem aproximação com Oxum, e vive na água doce sendo muito feminina e vaidosa.
- Yemanjá Ogunté: Considerada a nova guerreira, dona da espada, esposa de Ogum ferreiro (Alagbedé) e mãe de Ogum Akorô e Oxóssi. O seu nome significa aquela que contém Ogum. Vive perto das praias, no encontro das águas com as pedras. Traz na cintura um facão e todas as ferramentas de Ogum. Veste branco; azul marinho, cristal, ou verde e branco.
- Yemanjá Olossá ou Bosá: Come com Oxum e Nanã. Veste verde-clara e suas contas são branco cristal. É a Yemanjá mais velha da terra de Egbado.
- Yemanjá Oyo: Benéfica, muito feminina, saudada na cerimónia do Padê, veste de branco, rosa e azul claro.
- Yemanjá Saba: Fiadeira de algodão, foi esposa de Orunmilá.
- Yemanjá Sessu, Sesu, Yasessu ou Susure: Ligada à gestação. Voluntariosa e respeitável, mensageira de Olokun, o deus do mar. Vive nas águas sujas do mar e é muito esquecida e lenta. Come com Obaluaiyê e Ogum. Além do próprio assentamento, tem que se assentar Oxum e Obaluaiyê. Veste branco, verde água e suas contas branco cristal.
- Yemanjá Yinaé ou Malelé: Aquela que os filhos sempre serão peixes. Também conhecida como Marabô, mora nas águas mais profundas. É a sereia, ligada à reprodução dos peixes; vem sempre a beira do mar apanhar as suas oferendas; está ligada a Oxalá e Exú.


 
Autor: Marco Barcelos. 02/02/2011

Referências Bibliográficas:
Sites visitados, todos em 02/02/2011:


http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-168208260-orixa-iemanja-imagemhttp://cccj.webnode.com/products/yemanja




http://lista.mercadolivre.com.br/Cartaz-imagem-Iemanjá http://estudoreligioso.wordpress.com/fotos/iemanja

quarta-feira, 2 de março de 2011

CARNAVAL – O BRASIL QUER FESTEJAR


O carnaval é sem dúvida a festa de maior expressão no Brasil. E as escolas de samba dão um colorido todo especial a esta festividade.

A primeira escola de samba do Brasil surgiu em 12 de agosto de 1928, tendo por nome “deixa falar”. Anos mais tarde seu nome foi modificado para Estácio de Sá. A partir de então foram surgindo outras escolas de samba no Rio de Janeiro e Também em São Paulo. Hoje em dia as escolas de samba fazem, grandes desfiles, organizadas em Ligas de Escolas de Samba, e são avaliados alguns quesitos como organização, figurino, tempo de desfile, etc. (http://www.brasilescola.com Em 27/02/2011)

O site http://www.miniweb.com.br/cidadania/dicas/carnaval.html informa que: “Nem um décimo do povo participa hoje ativamente do carnaval— ao contrário do que ocorria em sua época de ouro, do fim do século XIX até a década de 1950. Entretanto, o carnaval brasileiro ainda é considerado um dos melhores do mundo, seja pelos turistas estrangeiros como por boa parte dos brasileiros, principalmente o público jovem que não alcançou a glória do carnaval verdadeiramente popular. Como declarou Luís da Câmara Cascudo, etnólogo, musicólogo e folclorista, ‘o carnaval de hoje é de desfile, carnaval assistido, paga-se para ver. O carnaval, digamos, de 1922 era compartilhado, dançado, pulado, gritado, catucado. Agora não é mais assim, é para ser visto". (http://www.miniweb.com.br/cidadania/dicas/carnaval.html Em 27/02/2011)





As Escolas de Samba inovam a cada ano trazendo figurinos, carros alegóricos cada vez mais belos e criativos. Os sambas enredo, (cada ano compõe-se um novo para cada escola), falam, principalmente, da cultura popular brasileira, mas também vão além fronteiras contando história de países, homenageando outros deles sempre com a irreverência e criatividade que são peculiares do povo brasileiro.
           
            Não bastassem todas as prerrogativas já citadas, o colorido ditado palas escolas de samba na avenida, são uma mostra da proporcionalidade que os desfiles tem, evidenciando nossa diversificada cultura, que é fruto da miscigenação de diversas etnias, mas que se igualam quando o assunto é carnaval.

















          



  Seres mitológicos, entidades, personalidades, países, culturas, basta um tema e um pedaço de papel para que os muitos contadores de história/estória façam com que uma fábrica de sonhos ganhe vida. Através de sambas enredo, passamos a conhecer fatos, lendas, mitos de lugares e tempos diferentes, tempos que talvez não tenham sido vividos, mas contados com tanta veracidade que acaba tornando-se verdade, ou até mesmo vivido e contado com tanta riqueza de detalhes através das letras, das alegorias, das fantasias, e estes elementos misturados num mundo de magia nos transporta para dentro desta história, onde acabamos fazendo parte dela. Isto é o carnaval...


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

(http://www.brasilescola.com visitado em 27/02/2011.)




                                               Autores: Alexandre Silva e Marco Barcelos. 28/02/2011.