
A equipe comandada por Disney observava as características das populações dos países que visitava para construir o estereótipo desta população em um personagem e assim conseguir a simpatia destes países e, mais que isso, aliados durante Segunda Grande Guerra. Isso também ocorreu em países como Argentina e México. Tudo isso fora uma estratégia do governo Franklin Roosevelt (1933-1945).
Walt Disney, instalado com sua equipe no Copacabana Palace, Teria se impressionado com os desenhos do cartunista brasileiro J. Carlos, (o qual tinha seu primeiro nome José), e a partir daí, Disney teria criado seu único personagem brasileiro. Inicialmente apresentado como um personagem festeiro, muito divertido, de certo modo vagabundo e também preguiçoso, Zé Carioca é idealizado e passa a fazer o elo entre Walt Disney e o Brasil.
O papagaio Zé Carioca foi na verdade criado para o filme: -Alô Amigos, de 1942, lançado nos EUA neste mesmo ano pela Disney. O filme composto por quatro partes, curtas animados, recolhidos de cenas filmadas por Disney e sua equipe durante um tour pela América do Sul em 1941.
Zé Carioca, além de sua revista publicada em quadrinhos pela primeira vez em 1950, em função da grande popularidade e destaque que mereceu, ganhou também um almanaque publicado com periodicidade irregular, porém geralmente semestral. Foram 21 edições de 1986 a 1995.
O que fica marcado no imaginário de seus admiradores é a figura “boa pinta” que o personagem Zé Carioca representa. Como todo bom carioca (e por que não dizer brasileiro), gosta de feijoada, samba e futebol. Leva a vida de maneira mansa encarnando a figura do “bom vagabundo” que tenta se dar bem em tudo o que faz. Configurado com seu terno e gravata coloridos, com um chapéu de palha e um guarda-chuva, era na verdade um entusiasta do Brasil. Somos sim um pouco desse “Zé Carioca” que se diverte e que pensa em ser feliz, curtindo sua vida como um bom e genuíno brasileiro gosta de fazer.
Marco Barcelos.
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